Hoje trocarei de “chapéu”, ou não, como diria Caetano Veloso. Falarei de Literatura e Meio Ambiente noticiando o lançamento do meu primeiro livro “Haicais Andarilhos”. Explico: uma quase utopia aconteceu entre 13 e 14 de setembro no “Casa Teatro de Utopias”, localizado no bairro paulistano da Lapa. O escritor Tiago Novaes, (@ectiagonovaes) foi o anfitrião do encontro presencial de escritores e aspirantes de seu curso – A Escrita Criativa.
Em um espaço de cultura alternativa (@casateatrodeutopias), reuniu convidados para falar do ambiente literário atual. O escritor Reynaldo Damazio, debateu sobre “O escritor em formação”. Erica Casado, “Os trabalhos entre autor e editor”. Tamires Lima, trouxe o olhar do livreiro e conversou sobre a gestão de sua “Livraria Sentimento do Mundo”; Jacques Figueras, “O artista como produtor”; Diogo Cardoso “Redes literárias e descaminhos da formação, e encerrando o encontro para 40 participantes, a professora e escritora Paloma Vidal, recordando o sofrimento pessoal vivido durante a ditadura militar Argentina, emocionou a todos com sua palestra versando sobre “Na primeira pessoa do plural”.
Aproveitando o clima utópico de resistência por meio da literatura, lancei meu livro nesse “espaço de pesquisa continuada” de São Paulo, conforme o manifesto da Casa Literária.
O livro Haicai Andarilhos, marca também o lançamento da Neotrópica Editora, braço editorial da Neotrópica Sustentabilidade Ambiental, consultoria com mais de 24 anos de atuação no país. Apresenta 100 haicais e 43 ilustrações autorais concebidos nas minhas andanças pelos biomas do Cerrado, da Mata Atlântica e da Amazônia. Nessa obra apresento pílulas reflexivas sobre os biomas, fauna, flora e povos do Brasil.
O Haicai, composto originalmente de três versos, é um exercício de síntese de temas relacionados à natureza. Sua popularização ocorreu por meio do poeta japonês Matsuo Bashô no século XVII. Ao ser traduzido para o Ocidente, incorporou rimas e influenciou escritores como Ezra Pound e Luis Borges.
No Brasil, foi explorado por Oswald de Andrade, Carlos Drummond, Manuel Bandeira, Augusto e Haroldo de Campos, Millôr Fernandes, Paulo Leminski, Arnaldo Antunes, entre outros.
Depois de mergulhar nas escritas surreais e pantaneiras de Manoel de Barros, inspirado por Bashô, Leminski e Millôr, comecei a praticar a arte de sintetizar e registrar cenas do cotidiano e da natureza.
O livro tem projeto gráfico de Alessandra Arantes (@alearantes1973) e posfácio de Gerson Guerra, da AgendArte – Livros (@agendartelivros). Trata-se de verdadeiro remédio contra as telas azuis de nossa vida urbana. Se interessou? Mandamos o livro para todo o Brasil através de contato pelo email: robertoxlima@gmail.com
Roberto Xavier de Lima – Diretor de Planejamento e Inovação da Neotrópica Sustentabilidade Ambiental, Mestre em Conservação da Natureza, Biólogo e Escritor.